
O que a ciência diz sobre banho
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“Vai tomar um banhinho que passa”: o que a ciência diz sobre banho e emoções
Eu sou a irmã mais velha, e, como toda irmã mais velha, desenvolvi aquele “instinto prático” de cuidar — às vezes com conselhos que parecem simples demais e tinha um que tenho costume de dizer até hoje ....
Lembro que, quando meus irmãos estavam meio desanimados, eu costumava dizer com a maior convicção:
"Vai tomar um banhinho que passa."
Minha irmã, até hoje, brinca que eu sou a doida do banho — sempre sugerindo um chuveiro como solução para a vida.
E sabe o que descobri com o tempo?
A ciência concorda comigo.
O banho tem efeitos reais e profundos sobre nosso corpo, cérebro e emoções. Não é só limpeza — é neurociência, regulação hormonal e bem-estar emocional.
🔬 1. Banho quente ajuda a reduzir o estresse
Quando tomamos um banho quente, nosso corpo responde. A água morna ativa o sistema nervoso parassimpático — responsável pelas funções de descanso e recuperação — e isso ajuda a reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse.
📚 Um estudo publicado no Journal of Physiological Anthropology (2018) mostrou que um simples banho de imersão em água quente (cerca de 40 °C) por 10 minutos já é capaz de reduzir significativamente sintomas como tensão, fadiga e ansiedade.
Ou seja: aquele banho caprichado no fim do dia literalmente muda sua química interna.
🧠 2. A água acalma o cérebro e regula o sistema nervoso
A nossa pele é repleta de terminações nervosas que reagem ao toque e à temperatura da água. Esse estímulo envia sinais ao cérebro de que o ambiente é seguro — o que desacelera o ritmo cardíaco, relaxa os músculos e acalma a amígdala cerebral, região ligada à resposta ao estresse e à ansiedade.
Além disso, a sensação tátil suave ativa o sistema nervoso autônomo de forma reguladora, promovendo equilíbrio interno.
🌿 3. Aromaterapia potencializa os efeitos emocionais
Se você usa sabonetes ou óleos corporais com fragrâncias agradáveis no banho, parabéns: você está ativando o seu sistema límbico, área do cérebro responsável pelas emoções, memória e comportamento.
Estudos científicos (como os publicados na Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine) mostram que compostos como cítricos , capim-limão e lavanda atuam como ansiolíticos naturais, promovendo relaxamento, prazer e foco.
🫧 4. O toque e a percepção corporal melhoram o bem-estar
Durante o banho, mesmo de forma sutil, estamos nos tocando com gentileza — e esse toque ativa a liberação de ocitocina, um hormônio associado à sensação de afeto, calma e conexão.
E tem mais: esse momento também estimula a interocepção, a capacidade de perceber os sinais internos do corpo (como respiração, calor, tensão). A ciência já demonstrou que desenvolver essa consciência corporal ajuda a regular emoções e a reduzir sintomas de ansiedade (Khalsa et al., 2017).
🔁 5. O banho funciona como um ritual de transição
A psicologia comportamental fala sobre os “rituais de coping” — práticas repetidas que ajudam a mente a sair de um estado emocional negativo para um estado mais equilibrado. E o banho entra aí como um marcador simbólico.
Ele diz ao seu cérebro: “Esse momento acabou, agora começa outro.”
É por isso que, depois de um banho, a gente sente como se algo dentro tivesse mudado — e, de fato, mudou.
✨ Conclusão: não é só um banho
Hoje, depois de muitos anos e muitos banhos recomendados, continuo repetindo:
Vai tomar um banhinho que passa.
Mas agora eu sei que esse conselho tem base científica: o banho regula o estresse, equilibra o sistema nervoso, ativa emoções positivas e pode ser um verdadeiro ritual de autocuidado.
Então, quando o dia pesar… feche a porta, ligue o chuveiro e deixe a ciência trabalhar por você.
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Eu, como fundadora da Symphoniaromes, www.symphoniaromes.combr ( que alguns chamam de Sinfoniaromes, Sinfonia e Aromas), sempre estarei por aqui para te contar mais sobre bem-estar, decoração de casa, que amo também, arte, e dar ideias que transformam o meu dia-a-dia e pode te inspirar também…